Ali, não muito longe das dunas, chegavam nesses anos, aos poucos, aqueles que durante uns meses, iriam decorar por dentro a "Casa dos Azulejos Azuis".
Era uma remessa algo invulgar, difícil para dispor e colocar aos olhos de uma directora que não tolerava o canto da "Grândola, Vila Morena" na sala de jantar.
Entre crepes chineses e hamburgers, frangos assados em torradeiras, chouriço na lareira e outros, fluiam os dias de músicos, poetas populares, admiradoras do G Michael, escritores de "Desavafos", entrelaçadores de fumos, estudantes de telhado, jogadores de baseball de taco férreo; enfim, apaixonados da vida.
Hoje dispersos, têm uma coisa em comum, fazem parte de um mosaico, um crono-mosaico de um tempo onde pessoas souberam lidar com a diversidade.
Seria injusto não mencionar também Tânatos :-) Assim, e por cortesia, a directora, Avis Raris, e Joggueje e seu grupo!
Hoje, como será por dentro? Não sei, mas prefiro recordar a paleta azul ou mais, que um dia lá viveu...
